terça-feira, 17 de abril de 2007

Urnas, cateterismo, cancer

Estou vendo agora, está em minhas mãos, a fatura de uma urna funerária: R$3950,00. E sem ar condicionado, sem tv, sem água, sem nada. É uma exploração. Em Itajubá temos muitos bons marceneiros, sem emprego, sem serviço. Por que não se juntam em uma espécie de cooperativa não oficial e passam a fabricar urnas, bem feitas, envernizadas, decoradas? Elas poderiam ser compradas pelas prefeituras ou pelos empresários da cidade, e estocadas, e vendidas a um preço justo, 10% disso. Acho que seria um preço bom. Agora, se o dono do defunto quiser coisas mais sofisticadas, 5 estrêlas, aí sim, procure os exploradores da dor. Não adianta, gente. Um dia todos nós vamos ter de vestir uma indumentária dessas. Então, por que deixar pessoas, nossos filhos, parentes, em dificuldades por uma coisa que vamos vestir uma vez só e vai apodrecer conosco? E não adianta qualquer funerária chiar não. Eu conheço bem a máfia que formam. Já as denunciei uma vez e tenho subsídios para fazê-lo novamente. Funerária = mina de ouro, acreditem ou não.
Se um cardiologista de Itajubá pedir um cateterismo para alguém, e esse alguém não tiver dinheiro para fazê-lo particularmente e precisar de SUS, sabe quanto tempo vai esperar? Alguns meses. Sabem quantas pessoas morrem nessa espera? Coisas do PT.
E ninguém se mexe para trazer novamente para Itajubá o centro de oncologia. Vou repetir sempre isso. Aqui temos hematologista, oncologista, mastologista, uma escola de medicina, uma escola de enfermagem, pessoas que se dizem políticos bons, a salvação da pátria (Sassás Mutemas?). Então por que os itajubenses cancerosos tem de continuar com medo, com dores, sem dinheiro, com fome, indo a Varginha para fazer um tratamentozinho simples e voltar vomitando, passando mal, querendo morrer logo para acabar com isso? Mantenho o desafio: ninguém votar em ninguém, se não resolverem isso até as eleições. Depois de eleitos, ninguém fará nada. Reaja, Itajubá. Ao invés de colocar o nome de um candidato anule seu voto. Chega de bancarmos os palhaços. E mais uma coisa: ninguém precisa construir nada: só precisamos de uma carta, de uma liberação política!
Agora uma coisa interessante, que inclusive eu contei para nossa Delegada Fiscal Estadual, a Eliana, e ela gostou: na Europa quando o comércio convencional está aberto, os camelôs não podem trabalhar. Têm de ficar longe, sem incomodar. Agora, quando o comércio está fechado, eles são totalmente liberados, sem serem incomodados pela fiscalização, por policia, nada. Não seria algo bom para ser implantado em Itajubá e no Brasil em geral?
Taxistas têm isenção de impostos ao comprar seus carros, porque os estão usando para sustentar sua família, para seu trabalho. Muito justo. Mas me pergunto: por que não existe essa isenção para a compra de enxadas, tratores, carros de cachorro quente, de pipocas, equipamentos médicos? Por que será que o brasileiro, principalmente o político brasileiro, faz tudo errado? Têm raiva do povo?

Nenhum comentário: